O nematoide Tubixaba tuxaua (Aporcelaimidae) teve o seu primeiro relato na década de 80, quando descrito em associação à rizosfera de plantas de soja cultivar Bragg com sintoma de nanismo. Por ser diferente dos demais nematoides fitoparasitas, T. tuxaua foi considerado, à época de sua descrição, um parasita potencial da soja e do trigo.
Como o nematoide-gigante se desenvolve?
Durante a sua alimentação, T. tuxaua insere o seu curto estilete superficialmente em tecidos das raízes, alimentando-se de células individuais e levando-as à morte. Após sugar o conteúdo celular, o nematoide migra para outro local da raiz iniciando um novo processo de alimentação.
O manejo do nematoide Tubixaba tuxaua
Como fêmeas de T. tuxaua apresentam ciclo de vida longo (superior a seis meses) e baixa taxa de oviposição, as populações levam mais tempo para atingirem níveis populacionais elevados em campo.
Sendo assim, as táticas de manejo envolvendo a escassez de alimento ao nematoide podem contribuir para a redução populacional da espécie em campo.
Esse processo interfere diretamente no fluxo de absorção e transporte de água e nutrientes pela planta, podendo refletir em sintomas na parte aérea, tais como raquitismo, clorose, perda de vigor, retardo na maturação e redução no perfilhamento, prejudicando o crescimento das plantas e, substancialmente, o rendimento da cultura.
Dr. Cristiano Bellé
Pesquisador da área de Nematologia
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